quinta-feira, 11 de julho de 2013

Era uma vez o Maracanã

Sem bandeiras, sem fogos, sem instrumentos musicais. Não pode tirar a camisa nem assistir ao espetáculo de pé… Sejam bem-vindos ao mais novo teatro inaugurado na cidade do Rio de Janeiro: o “Teatro Jornalista Mário Filho”, mais popularmente conhecido como “Teatro Maracanã”. Empreendida por Delta, Odebrecht e Andrade Gutierrez a um custo de mais 1 bilhão de reais aos cofres públicos, a obra teve início em 2010. No local, funcionava um antigo estádio, demolido para a construção do novo teatro, com capacidade para 78 mil pessoas. Talvez o maior teatro do mundo.

Pois é, amigos. É com essas palavras que deveriam ser anunciadas as medidas “anti-violência” do Consórcio Maracanã S/A para as partidas do Campeonato Brasileiro. Na verdade, o efeito disso tudo foi o contrário: o Maracanã foi duramente violentado. Não é mais o mesmo. Durante os jogos a que assisti na nova arena, México x Itália e Espanha x Taiti, pela Copa das Confederações, guardava a esperança de que a alma do velho Maraca tivesse sobrevivido, de que, com os jogos dos clubes, não teríamos uma ‘plateia’ no estádio. Mas eis que o sr. Eike Batista e seus muquepes trataram destruir essa esperança.

Em São Paulo, já temos uma experiência do tipo. Lá, também já são proibidos bandeiras, fogos e instrumentos musicais nos estádios. O resultado, todos já sabem. No caso do Rio, porém, impressiona a proibição em relação aos sem-camisa e aos que ficam em pé. Afinal, há uma ditadura também no esporte? Será que isso tudo não faz parte de um processo ferrenho de elitização do público que aprecia o futebol? Isso fica ainda mais escancarado quando vemos os preços prévios que o consórcio impôs nos melhores setores do estádio para jogos do Fluminense: nada mais, nada menos que R$ 100,00 e R$ 220,00.

Outro crime é a instalação de grades para a divisão das torcidas. Ou esses caras não pensam ou têm preguiça de pensar. Já que o receio é com as torcidas organizadas, por que não separá-las por um cordão humano, como será feito neste domingo (14) no jogo entre Flamengo e Vasco no Mané Garrincha? Não impedindo a mistura das torcidas nos setores inferiores, como ocorria no antigo estádio: um diferencial do então Maracanã em relação aos demais estádios e motivo de orgulho para os torcedores cariocas.

Por que não fizeram como no Mineirão, em que foram mantidos os dois lances de arquibancadas? O impacto seria bem menor e o torcedor não sentiria tanto a falta da magia do Maraca. Sem contar que o custo seria provavelmente bem menor que os absurdos 1,049 bilhão de reais, pois o estádio já havia passado por duas reformas.

Toda essa modernização, apesar de necessária, da forma como foi feita teve o seu preço. Estamos na era das arenas, em que a torcida deve ter comportamento de plateia, com seus lugares marcados. Esta é a dura realidade. E a verdade é que essa total descaracterização do estádio e de seu entorno é o só o começo de uma bola de neve.

A música de Neguinho da Beija-Flor parece já não fazer mais sentido. Sérgio Cabral não vendeu o Maracanã. Ele simplesmente o demoliu. A um alto preço.

Maracanã: *1950 + 2010
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Galo épico e favorito

Que campanha épica é a do Atlético Mineiro na Taça Libertadores da América 2013. O futebol só tem a agradecer a esse time por existir. Sim, pois qual equipe joga um futebol como joga a equipe de Cuca? Qual equipe tem trazido aos fãs de futebol tanta emoção como esse time tem trazido, fazendo jus a uma de nossas razões para amar futebol? Nem a seleção brasileira trouxe esse sentimento durante a campanha da Copa das Confederações. Os matas-matas diante do Tijuana e Newell’s Old Boys merecem ficar guardadas na história, não só na do galo, mas também do futebol brasileiro. E se formos falar de um só jogador que merece ser lembrado, o nome dele é Victor.

O arqueiro atleticano merece uma estátua no Independência. Os dois mais importantes pênaltis defendidos na história do galo tiveram sua autoria, não é pouca coisa. Após a cobrança convertida por Ronaldinho, criou-se uma atmosfera incrível na qual parecia que todos os torcedores do Galo já sabiam que Victor iria defender o chute de Maxi Rodríguez. A “previsão” se confirmou e, se Victor já havia feito história no clube pegando o pênalti do atacante Riascos, do Tijuana, dessa vez ele foi imortalizado e merece ser lembrado para sempre na história do galo. Com ou sem título.

O treinador Cuca também tem méritos por essa campanha. Após anos montando excelentes times pelos clubes onde passou, e também colecionado poucos títulos expressivos e muitos fracassos, o treinador mais uma vez forma uma ótima equipe. Com uma diferença: dessa vez parece haver superado o estigma de derrotado e azarado e contado com uma verdadeira sorte de campeão e entrega total dos jogadores.

Suas equipes jogam sempre ofensivamente e, acima de tudo, com muita organização, sem se exporem. Isso é para poucos. Praticam o futebol mais vistoso do país, comparadas ao pragmatismo de Muricy, Luxa, Felipão e Tite. Qual treinador brasileiro teria a ousadia de escalar juntos Bernard, Tardelli, Ronaldinho e Jô? Certamente, um deles sobraria na mão de outro treinador. Veremos Cuca um dia na seleção brasileira? Dirão que não possuem experiência, mas já que a nossa seleção vem sendo renovada, por que não renovar também na comissão técnica? Seria uma excelente aposta.

Voltando ao galo, outro personagem que merece também destaque é o atacante Guilherme. Tão criticado e perseguido, agora é herói. Que maravilhoso é o futebol, não? Cuca bancou sua permanência e, mais uma vez, foi feliz.

As finais tendem a se tornar a cereja do bolo. O Atlético é o favorito, tem muito mais time que o Olímpia, com uma diferença técnica abissal e, além disso, fará a segunda partida em casa. O fato de que não poderá atuar no Independência, onde o time se mantém ainda invicto, pode ser prejudicial, mas não irá decidir o confronto. O Atlético não poderá ter um caldeirão como no Horto, mas a massa será maior.

No entanto, o time do treinador Ever Almeida não deve ser desprezado, pois tem camisa e tradição (é tricampeão da Libertadores) e conta com jogadores experientes e perigosos, especialmente a dupla de ataque Bareiro e Salgueiro. E, assim como o galo, também eliminaram duas equipes (Fluminense e Santa Fé) também com uma dose de sorte. Portanto, olho vivo nos paraguaios. Um grande desafio para os comandados de Cuca certamente será furar a eficiente retranca do Olímpia, que tem tudo para ser implantada nas duas partidas finais – dia 17 no Defensores del Chaco e 24 no Mineirão – podendo compensar sua reconhecida inferioridade técnica.

Enquanto a decisão não chega, os atleticanos devem comemorar e muito. O galo já fez história na Libertadores.

*Dedicado à minha amiga, fanática pelo Galo, Mariana Couto

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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Brasil campeão: O maior vence o melhor

A excepcional, e porque não surpreendente, goleada do Brasil em cima da Espanha, na noite deste domingo (30) pela final da Copa das Confederações 2013, no Maracanã, mostrou que a mística da camisa verde e amarela ainda existe e que a seleção canarinho deve ser respeitada e temida em qualquer circunstância por todos os adversários. Foi a vitória do maior contra o melhor. Maior sim, pois qual país tem cinco títulos mundiais no currículo? Mas a conquista da Copa das Confederações poderia ter um rumo diferente, caso a conclusão de dois lances tivessem desfechos diferentes.

O primeiro é, sem dúvida, o gol de Fred logo aos dois minutos de jogo. Aquele gol mudou completamente os rumos da partida. A equipe da Espanha, por mais experiência que tivesse, sentiu o gol e ficou nervosa em campo, errando passes fáceis que não costuma errar. O Brasil, com isso, ganhou mais confiança para imprimir sua forte e eficiente marcação, que anulou as principais jogadas espanholas. O segundo é o corte de David Luiz, que salvou o gol de Pedro em cima da linha. Um empate da Espanha àquela altura poderia recolocar a 'fúria' no jogo. Portanto, podemos dizer que o Brasil contou com uma pequena dose de sorte também.

Mas não podemos desconsiderar a raça, determinação e aplicação tática da equipe brasileira, que fez uma excelente partida e conquistou o título com méritos. Diminuiu os espaços, foi objetivo, não deixou a Espanha praticar o "tic-tac" e soube aproveitar as oportunidades. Não foi um espetáculo, digno do futebol arte que ainda temos esperança de ver ressurgir, mas devemos reconhecer a eficiência da equipe. Méritos para Felipão, que, em pouco tempo desde que assumiu, conseguiu dar uma cara à seleção, melhorando o seu jogo coletivo e montando uma equipe que não encantou pelo futebol, mas conseguiu os resultados.

Se o assunto for destaques individuais, podemos citar Paulinho, Fred e Neymar. O primeiro parece que evoluiu ainda mais seu futebol na competição, mostrando ser uma peça importante na seleção, com eficiência na marcação e na saída de bola. O atacante do Fluminense se firmou como dono da camisa 9 e demostrou-se decisivo, marcando gols nos dois jogos finais. Já o novo reforço do Barcelona superou a desconfiança da mídia e da torcida e foi simplesmente o melhor jogador da competição. E chega à Catalunha com moral para, finalmente, se tornar o melhor do mundo.

Para a Espanha, fica a lição de que será preciso encontrar uma solução contra marcações mais compactas e que a sufoquem em seu campo de defesa, como aconteceu hoje. Se compararmos com o primeiro jogo, com vitória tranquila diante do Uruguai, vimos que Felipão acertou na receita do bolo. Naquele jogo, a equipe uruguaia marcava de longe, dando muitos espaços no meio-campo, fazendo com que a fúria chegasse com facilidade à sua área. O Brasil fez completamente o oposto, e foi feliz.

Chamou a atenção as atuações ruins de Mata, Fernando Torres e Arbeloa na partida. O último, inclusive, confirmou o futebol limitado que possui e provou que a safra de laterais direitos espanhóis anda nada boa, vide Michel Salgado. O deslocamento de Sérgio Ramos para esse setor pode ser uma solução. Xavi e Iniesta, destaques máximos da equipe de Vicente del Bosque, sofreram com a forte marcação e não conseguiram render.

Guardadas as devidas proporções, tudo isso lembra a goleada do Bayern sobre o Barcelona, na Liga dos Campeões da temporada passada, em que as circunstâncias foram as mesmas. Eram poucos os que apostavam em goleadas ou os torcedores que afirmavam que era possível jogar de igual para igual com os timaços espanhóis. Brasil e Bayern, porém, provaram o contrário e desfizeram a ideia de que há times imbatíveis ou que os jogadores espanhóis são imortais.

Mas o resultado, em nenhuma das duas circunstâncias, representa um declínio do futebol espanhol. Pelo contrário, continuarão fortes e brigarão por títulos. As conquista recente no Europeu sub-21, onde a seleção contava com jogadores talentosos e de futuro como Thiago Alcantara, Isco, Muniain e Tello dá indícios disso. E não é por causa da derrota de hoje que a "roja" deixa de ser a melhor da atualidade e uma das favoritas ao título da Copa do Mundo ano que vem. A derrota, inclusive, pode fazer bem à equipe, que dificilmente cometerá os mesmos erros da Copa das Confederações.

O Brasil, por sua vez, deve comemorar muito o título e a recuperação da confiança da torcida e do respeito que há muito tempo não imprimia ou pouco imprimia aos adversários. Mas não deve se deslumbrar, pois na Copa do Mundo, será preciso mais. Na Copa de 2014, a seleção poderá não só ter a Espanha pela frente novamente, mas adversários fortíssimos como Alemanha, Argentina e Holanda. Além disso, é um torneio mais longo, com um nível de cobrança ainda maior. Um novo fracasso pode fazer com que a conquista da Copa das Confederações não seja mais considerada importante e que o trabalho feito vá por água abaixo. É outra história.

Força da torcida

O apoio da torcida brasileira foi um show à parte neste torneio. Foram poucas as vaias e foi total o apoio, algo que não víamos a muito tempo nos estádios brasileiros. Ainda mais o Hino Nacional sendo cantado a plenos pulmões antes e durante as partidas. Inesquecível! E será um fator importante para o sucesso do Brasil na Copa.

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domingo, 30 de junho de 2013

Brasil e Espanha decidem Copa das Confederações no Maracanã

Grande final entre melhor seleção e maior tradição do futebol mundial

 

Logo mais, às 19h horas, Brasil e Espanha duelam pela final da Copa das Confederações, no Estádio do Maracanã. Uma partida cercada de expectativas e que pode entrar para a História. A tradição do futebol brasileiro, maior vencedor de Copas, contra a atual melhor seleção do mundo, que simplesmente conta com a base do Barcelona no seu elenco. Promessa de um grande jogo, digno do gramado em que os jogadores irão pisar.

Nas semifinais, a seleção canarinho e a fúria passaram por Uruguai e Itália, respectivamente. Tendo em conta equipe, entrosamento e fase atual, os espanhóis levam, sem dúvida, o favoritismo para essa final. A Espanha entrará em campo com grande parte dos jogadores que faturaram o bicampeonato europeu e a Copa do Mundo de 2010. Com a tradição de sua camisa e a força da torcida, o Brasil pode dificultar e muito a vida da seleção espanhola. A equipe brasileira está mais confiante após a sequência de vitórias, apesar de o desempenho ainda não agradar nem convencer.

E é justamente de uma grande exibição em campo que os escalados de Felipão precisam para bater a Espanha. O Brasil precisa fazer mais que a Itália e, sobretudo, contar com a estrela de Neymar, único craque da equipe e maior esperança brasileira. Pelo futebol apresentado até aqui, não é difícil imaginar que a Espanha deve sobrar em campo. Diante do previsível cuidado dos espanhóis com os jogadores de frente, Paulinho pode ser o elemento surpresa para os canários adentrarem a área adversária. O volante possui muita facilidade em chegar ao ataque.

A fúria tem a seu favor a categoria de dois dos melhores jogadores do mundo: Xavi e Iniesta. Os craques do Barcelona comandam o meio de campo espanhol e precisarão de atenção redobrada da marcação brasileira. Outro ponto a favor é o banco de luxo com que o treinador Vicente del Bosque conta: David Silva e Jesús Navas, do Manchester City, e Juan Mata, eleito jogador do ano do Chelsea.

Mas a Espanha precisa também de algo a mais: faro de gol. Quantas vezes não vemos o time espanhol chegar com facilidade à área do adversário e pecar nas finalizações? Ou fazer um passe ao invés de finalizar? Diante do Brasil, isso pode custar caro.

É provável que Felipão tente fazer com que a equipe pressione a saída de bola do adversário e busque abrir o placar para depois recuar em busca de contra-ataques, explorando a velocidade de Hulk e Neymar, para tentar matar o jogo. E o grupo espanhol não deve fugir de seu estilo "Tik-taka", rodando a bola, com intensa movimentação de seus jogadores, sem posição fixa, como um verdadeiro "carrossel".

A Espanha é mais time que o Brasil. Mas somente isso não deve fazer a diferença para a "roja", ainda mais se tratando de uma final. A camisa verde e amarela tem muito peso e precisa ser respeitada. Assim como o Brasil precisa se superar, a fúria necessita ultrapassar seu desempenho exercido contra a Itália. Ambas as equipes devem cuidar para que os erros sejam mínimos.

E seja qual for o resultado, duas coisas são certas: a Espanha não deixará de ser a melhor seleção do mundo e o Brasil terá que fazer mais se quiser fazer uma boa Copa do Mundo.

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quarta-feira, 26 de junho de 2013

Nada de "Mineirazzo"

Uma vitória na base da raça. Assim foi a passagem do Brasil para a grande final da Copa das Confederações. Em partida disputada no Mineirão, na tarde desta quarta (26), a equipe do técnico Luiz Felipe Scolari conquistou uma suada vitória sobre o Uruguai, por 2 a 1, e agora espera a definição de Espanha x Itália, amanhã à tarde, para conhecer seu adversário na final, marcada para domingo no Maracanã.

Na partida de hoje, destaque para Paulinho, que foi decisivo. O novo e ótimo reforço do time inglês Tottenham iniciou a jogada do primeiro gol, marcado por Fred, e fez de cabeça o gol da vitória brasileira. Cada vez mais o volante se firma e conquista a confiança dos torcedores. Da parte do Uruguai, o trio de ataque formado por Cavani, Suárez e Forlán deu trabalho, mas não conseguiu fazer a diferença para a celeste.

O jogo começou truncado, com o Brasil tendo dificuldades na criação diante da ótima marcação da equipe uruguaia. Neymar, que foi o mais vigiado, sofria com a marcação individual de Arévalo e com o auxílio de Cavani na defesa. A equipe do treinador Oscar Tabarez veio no esquema 4-3-3, com os pontas Cavani e Suárez voltando até a defesa para fortalecer a marcação e acompanhar os laterais Daniel Alves e Marcelo.


Com 14 minutos, a primeira chance clara: Lugano sofreu pênalti de David Luiz. Forlán cobrou rasteiro, no canto esquerdo, mas Júlio César fez uma grande defesa, colocando para escanteio. Nos primeiros vinte minutos, porém, o panorama se manteve com o Brasil tentando encontrar brechas e o Uruguai, com sólida defesa, tentando armar contra-ataques. Até que aos 27, veio a primeira oportunidade brasileira: Hulk tabelou com Oscar, mas chutou mal, para longe do gol. Aos 30, foi a vez do Uruguai: Forlán recebeu na entrada da área e chutou com perigo à meta de Júlio César.

Aos 40 minutos, apesar de não ter sido brilhante tecnicamente, a seleção canarinho acabou “achando” o seu gol. Após excelente lançamento de Paulinho, Neymar matou a bola no peito e tocou na saída de Muslera, que rebateu a bola para o meio da área. Oportuno, Fred completou para as redes abrindo o placar. Com o terceiro gol na competição, o atacante do Fluminense vem fazendo jus à sua convocação.

Logo no início do segundo tempo, aos 2 minutos, o Uruguai chegou ao empate: depois de bate-rebate dentro da área, a bola sobrou para Thiago Silva, que tocou errado para Marcelo, dentro da área. Cavani aproveitou e chutou no canto direito de Júlio César. Um gol que calou o Mineirão e deu ares de dramaticidade à partida. Com isso, o Uruguai acabou crescendo e por pouco não chegou à virada: aos 20, Forlán levantou para a área, Suárez desviou ligeiramente e, por pouco, Thiago Silva, de cabeça, não faz contra.

A essa altura, Felipão já tinha trocado Hulk por Bernard. A mexida surtiu efeito, o meia do Atlético Mineiro entrou bem e deu fôlego ao ataque. Nos últimos 15 minutos, o Brasil passou a apresentar mais volume de jogo enquanto o Uruguai não baixava a guarda demonstrando raça e vontade em campo. A celeste até chegou a perigar com Cavani, que recebeu na entrada da área e bateu. A bola resvalou em Luiz Gustavo e, por pouco, não enganou Júlio César.

Quando o jogo parecia se encaminhar para uma prorrogação, eis que surge a estrela de Paulinho: após perfeita cobrança de escanteio de Neymar, o volante se deslocou bem para cabecear pro fundo das redes. Para irritação de Luis Suárez, que reclamou com Muslera por não ter ido na bola na hora do cruzamento.

O Uruguai ainda tentou arrancar forças para um empate, levando perigo nos cruzamentos para a área brasileira. Mas já era tarde. Numa partida emocionante, a classificação teve as cores verde e amarelo. E com promessa de jogão este domingo no Maracanã, caso a Espanha confirme o favoritismo diante da Itália.


FICHA TÉCNICA BRASIL 2 X 1 URUGUAI

Local: Mineirão, Belo Horizonte (MG)

Horário: 26/6/13, às 16h

Árbitro: Enrique Osses (CHI)

Assistentes: Carlos Astroza (CHI) e Sergio Roman (CHI)

Público: 57.483 presentes

Cartões amarelo: David Luiz, Luiz Gustavo, Marcelo (BRA); Cavani, A. Gonzalez (URU)

Gols: Fred, aos 41'/1ºT (1-0), Cavani, aos 3'/2ºT (1-1), e Paulinho, aos 41'/2ºT (2-1)

Equipe brasileira: Júlio Cesar; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho e Oscar (Hernanes - 27'/2ºT) e Hulk (Bernard - 18'/2ºT); Neymar (Dante - 45'/2ºT) e Fred. Técnico: Felipão.

Equipe uruguaia: Muslera; Maxi Pereira, Lugano, Godín e Cáceres; Arévalo, Álvaro González (Gargano - 37'/2ªT) e Cristian Rodriguez; Cavani, Forlán e Suárez. Técnico: Oscar Tabaréz.

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segunda-feira, 24 de junho de 2013

Copa das Confederações: Panorama da primeira fase

A primeira fase da Copa das Confederações se encerrou na tarde deste domingo (23) sem grandes surpresas. Em ambos os grupos, o resultado foi o esperado: Brasil e Itália avançaram no Grupo A enquanto que, no Grupo B, Espanha e Uruguai garantiram vaga nas semifinais também sem grandes dificuldades. A seleção canarinho e a fúria realizaram suas melhores campanhas, ambas com 3 vitórias em 3 jogos.

A fase inicial da competição apresentou bom nível técnico, com boas e emocionantes partidas. Destaque absoluto para Itália 4×3 Japão, o melhor jogo do torneio até agora, e também para Itália 2×4 Brasil. A Espanha foi eleita pela Fifa a melhor equipe em campo e Neymar o melhor jogador, com boas atuações e três gols em três jogos.

A participação da desconhecida seleção do Taiti também merece ser ressaltada. Não pelo fraco futebol demonstrado e pelo fato de ter sofrido 24 gols e feito apenas um em três partidas, mas pelos fatores extra-campo: a seleção da Oceania conquistou a torcida brasileira por seu carisma, humildade e espírito esportivo.

Em todos os jogos, os taitianos receberam o apoio dos brasileiros e as partidas se transformavam numa verdadeira festa. A cada troca de passes, o grito “olé” surgia das arquibancadas. Cada desarme, roubada de bola e mesmo uma simples defesa do goleiro causava a vibração da torcida. Os taitianos trouxeram muitas vezes mais alegria que os jogos da própria seleção brasileira. Histórica participação, em todos os sentidos, conferindo certo brilho à competição.

Grupo A

O grupo A era, em tese, o grupo mais equilibrado. O Japão, tido como a quarta força do grupo e que conseguiu formar uma boa seleção, prometia dar trabalho ao Brasil, Itália e México, favoritos à vaga. Porém, a equipe nipônica não confirmou no campo as expectativas e acabou decepcionando, com três derrotas em três jogos, apesar de ter feito uma grande partida diante da Itália. Apesar de ter bons expoentes como Honda e Kagawa, faltaram experiência e jogadores de boa estatura na equipe, que sofreu nas bolas paradas.

O México também decepcionou. Esperava-se muito mais da equipe de Chicharito Hernández, que também ficou devendo, apesar dos 3 gols marcados. Porém, deve-se ressaltar que a bola pouco chegava ao atacante do Manchester United, devido à falta de criatividade dos meias mexicanos. A equipe terminou na terceira colocação, com uma vitória e duas derrotas.

Brasil e Itália sobraram no grupo, principalmente a seleção de Luiz Felipe Scolari, que assegurou uma boa sequência de vitórias. A equipe teve sua melhor atuação contra a Itália, partida em que, apesar dos sustos, os brasileiros venceram e convenceram, e terminaram levando um pouco de confiança à torcida. Felipão, enfim, parece ter achado o time ideal, e Neymar conseguiu desequilibrar o openente sendo decisivo nas três partidas.

A azzurra, por sua vez, também praticou um bom futebol, muito por conta da já conhecida e inovadora estratégia da equipe, com um futebol mais ofensivo e vistoso. Méritos para o treinador Césare Prandelli. Porém, a atual geração da seleção italiana mostrou ser bem inferior às esquadras anteriores. Faltam talentos e a azul e branco ainda depende muito de Pirlo e Balotelli.

Grupo B


Já o Grupo B foi bem previsível. A partida entre Nigéria e Uruguai, na segunda rodada, foi decisiva para a definição de uma das vagas. A vitória uruguaia deixou a celeste com tudo para avançar, já que bastava golear o Taiti, tarefa não muito complicada. A Espanha, como era de se esperar, foi soberana, com 100% de aproveitamento e superioridade técnica indiscutível.

Com a ‘fúria’ passando com tranquilidade e o Taiti sendo o saco de pancadas do grupo, o Uruguai despontou como favorito para a segunda vaga, o que acabou se confirmando. A celeste, dessa vez, não tem só o peso de sua camisa a favor, também conta com uma boa equipe e um trio de atacantes de dar inveja: Forlán, Suárez e Cavani. Este ainda não marcou e não se saiu bem na primeira fase, mas merecerá a atenção da defesa brasileira nas semifinais.

A Nigéria ficou pelo caminho, mas desempenhou um papel honroso tendo realizado boas partidas contra Espanha e Uruguai, em especial contra o primeiro. No jogo de domingo, a equipe do treinador Stephen Keshi jogou, na maior parte, de igual para igual com os espanhóis, com uma postura elogiável, partindo para cima e criando grandes chances. Faltou maior precisão e calma nas conclusões. Os desfalques de Moses e Emenike, destaques da conquista da Copa Africana de Nações, pesaram.

A seleção espanhola confirmou o favoritismo e avançou com tranqüilidade. Impressiona a organização, estrutura tática e movimentação da equipe de Vicente del Bosque, sem contar os talentos individuais como Xavi e Iniesta. A escalação do atacante Soldado surpreendeu, mas não interferiu na estratégia da equipe. A escolha pelo atacante do Valencia se deve muito a estr em sua melhor fase, apesar de ser tecnicamente inferior a Villa e Fernando Torres.

Nesta quarta (26), inicia-se a fase final do torneio, com a primeira semifinal entre Brasil e Uruguai, no Mineirão, em Belo Horizonte, às 16h. Na quinta (27), é a vez de Espanha x Itália, na Arena Castelão, em Fortaleza, no mesmo horário. Promessa de dois jogaços e fortes emoções, com uma tendência de equilíbrio maior no primeiro jogo e favoritismo total da Espanha no segundo, ainda mais se a Itália não puder contar com Pirlo e Balotelli.

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sexta-feira, 14 de junho de 2013

Panorama das equipes da Copa das Confederações

A Copa das Confederações, que começa amanhã com Brasil e Japão em Brasília, trará uma pequena amostra de como será a Copa do Mundo no ano que vem. Competirão as seleções vencedoras de seus torneios continentais, além do país-sede e do atual campeão do mundo, Espanha. Os jogos acontecerão em seis cidades-sedes: Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza.

O evento servirá como um teste de fogo para o Brasil e sua rede de serviços essenciais. Problemas como infraestrutura dos aeroportos, hotelaria, segurança e de transporte vêm sendo muito apontados, bem como o atraso e denúncias de irregularidades e superfaturamento das obras.

À parte os problemas estruturais e políticos, a seguir um panorama das oito seleções que participarão do torneio.

GRUPO A

BRASIL (país-sede, 22º no ranking da Fifa): A seleção canarinho, sob o comando de Felipão, vem em busca do tetra campeonato na competição – foi campeã em 1997, 2005 e 2009. A equipe, que tem Neymar como principal destaque, é ainda uma incógnita, já que Luis Felipe Scolari ainda não encontrou a escalação e a tática ideais.

Um dos fatores que poderia fazer a diferença para a seleção, que é a força da torcida brasileira, parece um pouco distante e precisará ser reconquistada. O time vem sofrendo críticas, devido principalmente ao futebol apresentado até agora.

Titulares: Júlio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Paulinho, Luiz Gustavo (Hernanes), Oscar e Hulk; Neymar e Fred. Téc.: Luis Felipe Scolari

JAPÃO (campeão da Ásia, 32º no ranking da Fifa). Os nipônicos contam com um elenco que talvez tenha sido o melhor já formado até agora. Com 14 jogadores que atuam na Europa, o Japão não vem para ser apenas um “Sparring” e sonha alto. Uma passagem para as semi-finais já poderia ser considerada uma grande façanha para a equipe do técnico italiano Alberto Zaccheroni, tendo em vista que sua chave conta com adversários mais fortes. Destaque absoluto para Shinji Kagawa, meia do Manchester United.

Titulares: Kawashima; Uchida, Komano, Yoshida e Nagatomo; Hosogai, Hasebe, Endo e Kagawa; Honda e Okazaki. Téc.: Alberto Zaccheroni.

MÉXICO (campeão da Concacaf, 17º no ranking da Fifa): A boa seleção do México promete dar trabalho aos adversários no seu grupo. A equipe do técnico Manuel de la Torre possui um forte jogo coletivo e tem em Chicharito Hernandez, atacante do Manchester United, a maior esperança para fazer bonito na competição. A “pequena ervilha” tem 21 gols em 29 jogos pela seleção e está em boa fase. Sinaliza perigo e muito trabalho à vista para Brasil, Itália e Japão.

Titulares: Ochoa; Nilo, Reyes, Rodríguez e Salcido; Torrado, Reyna, Aquino e Giovanni dos Santos; Barrera e Chicharito Hernandez. Téc.: Manuel de la Torre.

ITÁLIA (vice-campeã da Europa, 8ª no ranking da Fifa): Devido à Espanha ter vencido a Eurocopa e o último Mundial, abriu-se uma vaga para a vice-campeã europeia, a azzurra. A equipe italiana tem como ponto forte o conjunto: a base é formada, em sua maioria, por jogadores da Juventus, atual campeã italiana. O destaque, não só por seu futebol, é Balotelli. Polêmico fora de campo, o atacante do Milan é o principal alvo dos holofotes em torno da seleção.

O técnico Cesare Prandelli implementa há alguns anos uma forma de jogar diferente da habitual para a seleção, visando mais ao ataque e abdicando da tradicional retranca. Porém, assim como a seleção brasileira, a Itália está cercada de desconfiança por parte de imprensa e torcida.

Titulares: Buffon; Maggio, Bonucci, Chiellini e De Sciglio; De Rossi, Pirlo, Marchisio e Montolivo; El Sharaawy e Balotelli. Téc.: Cesare Prandelli.

GRUPO B

ESPANHA (atual campeã da Europa e do Mundial, 1ª no ranking da Fifa): A ‘fúria’ vem embalada pelos títulos recentes e pelos resultados nas eliminatórias. A equipe do treinador Vicente del Bosque não perde a mais de 20 partidas e está em busca do único título importante que ainda não possui, o campeonato das Confederações. A base da equipe é composta, em sua maioria, por jogadores do Barcelona e do Real Madrid, e tem os meias Xavi e Iniesta como as principais referências.

O estilo de jogo da seleção espanhola é bem parecido com o do time catalão: envolvente e com valorização da posse de bola em busca das brechas na defesa adversária.

Titulares: Casillas (Valdés); Arbeloa, Piqué, Sergio Ramos e Jordi Alba; Busquets (Javi Martínez), Xavi, Iniesta e David Silva; Pedro e Villa. Téc.: Vicente del Bosque.

URUGUAI (campeão da Copa América, 19º no ranking da Fifa): A celeste atualmente não passa por um bom momento. Nas eliminatórias sul-americanas, é apenas a quinta colocada, estando na repescagem caso o classificatório terminasse hoje. Apesar da situação atual, o Uruguai conta com a base do elenco que foi quarto lugar na última copa e ainda conta com a tradição de sua camisa. Luís Suarez, Edinson Cavani e Diego Forlán são as principais estrelas do time comandado por Oscar Tabarez.

Titulares: Muslera; Maxi Pereira, Lugano, Godín e Cáceres; Pérez, Arévalo Ríos e Gastón Ramírez; Forlan, Cavani e Suárez. Téc.: Oscar Tabarez.

NIGÉRIA (campeã da Copa Africana de Nações, 31ª no ranking da Fifa): A Nigéria vem credenciada pelo bom futebol praticado na Copa Africana e, assim como o Brasil, também passa por um processo de reformulação. São muitos jogadores jovens que atuam no futebol africano e em pequenos e médios clubes da Europa. Nomes mais conhecidos como Martins, Odemwingie e Yakubu não fazem parte da lista do técnico Stephen Keshi.

Por opção do treinador, Moses e Emenike, jogadores fundamentais para a conquista do continente africano, não viajaram para o Brasil e certamente farão falta ao time.

Titulares: Eneyama; Ambrose, Omeruo, Benjamin e Echiejile; Mikel, Onazi e Mba; Akpala, Musa e Ideye. Téc.: Stephen Keshi.

TAITI (campeão da Oceania, 138º no ranking da Fifa): O Taiti vem como o azarão da atual edição da Copa das Confederações. Sem uma liga profissional e com a maioria de seus jogadores sendo amadores, o time da Oceania é candidato fortíssimo a saco de pancadas da competição. Destaque para Marama Vahirua, jogador que já passou pelo futebol europeu.

Titulares: Roche; Faatiarau, Ludivion e Caroine; Vero, Jonathan Tehau, Bourebare, Vahirua, Chong-Hue e Simon; Alvin Tehau. Téc.: Eddy Etaeta.

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sexta-feira, 24 de maio de 2013

Heroico

Heroico. É o termo que traduz o resultado obtido pelo Atlético diante do Tijuana nesta quinta-feira (23), no México, pelas quartas de final da Copa Libertadores. Apesar da clara superioridade técnica do Galo, o time mexicano fez boa partida, ajudado pela grama sintética do Estádio Caliente. Um fator preponderante, além do desgaste da longa viagem até o México, para que o Atlético não praticasse seu melhor futebol.

Já acostumado com o tipo de gramado, o Tijuana deu trabalho ao Atlético no primeiro tempo. A recorrente alternância de posição entre meias e atacantes e a constante chegada do bom volante Arce dificultaram a marcação e abriram buracos na defesa mineira. Além disso, o quarteto formado por Diego Tardelli, Ronaldinho, Bernard e Jô foi bem marcado e não conseguiu levar perigo ao gol adversário. Com isso, o Tijuana sobrou e, com gol do sempre perigoso Riascos, saiu para o intervalo registrando 1 a 0.

A entrada de Luan no lugar de Bernard, que saiu machucado, não conseguiu reverter o panorama no início do segundo tempo. Pelo contrário, os mexicanos passaram a ameaçar ainda mais a rede de Victor e, logo aos 7, Martínez ampliou. Um terrível 2 a 0 que complicaria muito a vida do Atlético para a segunda partida caso o resultado permanecesse.

Diante das circunstâncias, um gol passou a ser questão vital para que o Atlético se mantivesse vivo no confronto. Se pelo chão seguia difícil, a bola parada se apresentou como solução mais viável, e foi justamente numa cobrança de escanteio que saiu o gol do Galo, marcado por Tardelli. Um gol “achado” que deu alívio e injeção de ânimo para Cuca e sua equipe, que reagiu passando a manter a pelota mais à frente.

Quando tudo parecia caminhar para certo conformismo do Galo e a manutenção do placar em 2 a 1, eis que Tardelli arranca pelo meio e serve Luan, que tromba com o zagueiro adversário e toca na saída do goleiro Saucedo, deixando tudo igual. Um gol com raça que valeu como uma virada. Tirou um peso enorme das costas do Atlético, facilitando e muito sua vida para a próxima partida, no Independência.

Superação

Se o assunto fosse justiça, o Tijuana mereceria ter vencido. Saiu-se melhor na partida e não se intimidou diante de um time bem superior, que contava com um craque chamado Ronaldinho.

Mas como justiça é algo vago no futebol, é preferível dizer que o Atlético Mineiro superou as dificuldades e conseguiu um excelente resultado. Só uma tragédia tira agora os mineiros da semifinal da Libertadores, levando em conta seu retrospecto na Arena Independência.

Curiosidades


Além do tradicional grito da torcida mexicana depois de cada tiro de meta cobrado pelos goleiros, outro fato chamou atenção: ao final da partida, o locutor do estádio anunciou que o Cruz Azul fizera 1 a 0 em cima do América.

Era a final do Campeonato Mexicano, que começava naquele instante, na Cidade do México. A torcida do Tijuana vibrou como se tivesse tratado de um gol do próprio time! Parece que não é só no Brasil que os clubes com maiores torcidas são os mais odiados.

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quinta-feira, 23 de maio de 2013

Melhor para os brasileiros

O empate do Fluminense com o Olímpia em 0×0 nesta quarta-feira (22) em São Januário, Rio de Janeiro, se mostrou mais favorável aos cariocas. A torcida tricolor saiu satisfeita com a atuação do time e bem confiante para o segundo jogo pelas quartas de final da Libertadores, semana que vem, no Paraguai.

O Fluminense demostrou maturidade como equipe ontem. Realizou uma boa partida, apresentou bom volume de jogo, ampla posse de bola e em momento algum permitiu que o time paraguaio tomasse as rédeas ou frequentasse seu campo de defesa. O único ponto negativo foi a atuação do lateral Carlinhos, mal nos cruzamentos e com dificuldades até mesmo de domínio da bola em algumas jogadas.

A ousadia tricolor somente se deu no segundo tempo, com a inversão de posicionamentos entre Wellington Nem e Rhayner, com o primeiro passando a ocupar a ponta esquerda e o segundo a direita, para efetivar as jogadas de linha de fundo em busca das conclusões de Fred. Porém, o time pecou nas finalizações.

O Olímpia veio com uma proposta simples: retranca total e jogo no erro do adversário para arrancar um precioso golzinho fora de casa. Isso fez com que a partida se transformasse num legítimo ataque contra defesa e não foi à toa que a única chance clara dos paraguaios na peleja foi após falha na saída de bola por Edinho, no fim do primeiro tempo. A boa e coesa marcação do Olímpia, no entanto, deve ser reconhecida: os paraguaios cederam poucos espaços para que os meias servissem Fred, que pouco apareceu.

Com uma equipe bem melhor que a dos adversários, que por sinal demonstrou ser bem limitada, o tricolor guarda agora um trunfo na manga para o segundo jogo, na próxima quarta-feira (29): qualquer empate com gols classifica o Fluminense. Ou seja, se o Olímpia fizer 1 a 0, não haverá motivos para desespero. E, se o time de Abel Braga fizer 1 a 0, obrigará o adversário a virar o jogo.

O único fator diferencial para o alvinegro paraguaio poderá ser o caldeirão que se transformará o Estádio Defensores del Chaco, com 40.000 torcedores pró-Olímpia. Inclusive, além da provavelmente temida superioridade técnica do Flu, esse pode ter sido um dos motivos para tanta comemoração dos torcedores paraguaios ao final da partida de ontem, que não devem poupar suas gargantas em Assunção.

Embora o empate não tenha sido um mau resultado para os cariocas, não há favoritismo irrestrito para o Fluminense: o Olímpia é um time tradicional, copeiro e dará muito trabalho em casa.

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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Realmente, um novo Maracanã


A reinauguração do Maracanã (reinauguração sim, danem-se os politicamente corretos) me deixou feliz. Saber que vou poder assistir novamente os jogos do meu time de coração nesse templo me deixa em êxtase, com vontade até de ir em qualquer jogo só para matar a saudade. Porém, junto com a alegria veio uma leve sensação de tristeza e estranhamento.

Não sei se você que está lendo teve a mesma impressão, mas me deu uma sensação de que aquele não era o Maracanã, que foi construído um outro estádio no local, que mudaram o nome do estádio, endereço... Fiquei me perguntando: "Esse é o Maracanã??". Por um momento, uma nostalgia tomou conta de mim, deu uma saudade grande dos dois lances de arquibancada, da geral, até mesmo das cadeiras azuis... Uma descaracterização total, diria. Apesar de achar que essa modernização viria mais cedo ou mais tarde, às vezes penso que foi desnecessária essa mudança radical, ainda mais quando vejo o novo Mineirão, com os dois lances e moderno mesmo assim. Outro fator que contribuiu pra isso foi a colocação das redes, sem o tradicional "véu de noiva", seguindo os padrões da Dona Fifa. Afinal, Maracanã ou Estádio Olímpico de Roma? 

Ao mesmo tempo que ficou muito bonito e moderno, achei estranho e descaracterizado. Pode até ser questão de costume, adaptação... No meu caso, vai demorar um pouquinho pra isso.

Por outro lado, uma grande alegria que o novo Maracanã me deu em comparação ao antigo: a proximidade que a torcida ficará em relação ao campo. Sempre sonhei em assistir partidas em estádios com essa estrutura. Ao mesmo tempo que é colossal, o Maraca poderá ser um caldeirão ainda maior do que já era, não será um estádio-teatro como um Camp Nou ou Old Trafford da vida. Nada de 100% modernidade. Será bem prazeroso frequentar o estádio, algo bem divertido, como deve ser o futebol (contando com a civilização do público, sem invasões de campo, pelamor). Só espero que quando terminarem os torneios FIFA, o "véu de noiva" seja resgatado.

Um novíssimo Maraca que, apesar de todas essas obras, não perdeu a alma... Viva! O Maraca é nosso!

sexta-feira, 26 de abril de 2013

O grande contraste

Com os jogos desse meio de semana que acompanhei (Uefa Champions League e o amistoso da seleção brasileira contra o Chile), vieram momentos de reflexão. O sentimento de atraso do nosso futebol em relação ao europeu nunca foi tão aflorado. Nunca tinha visto uma chuva de críticas tão grande não só ao futebol da seleção, mas também ao futebol brasileiro em si. E, bem fundamentadas, essas críticas abrem os nossos olhos para o que está se passando com o nosso futebol.

Se levarmos em conta que dois jogos de clubes foram melhores que o jogo da seleção, já é algo preocupante. Quando pronunciam a palavra "Seleção" no futebol, a primeira coisa que naturalmente me vem à cabeça é que os caras que a compõem são "os melhores dos melhores", algo sem comparação a qualquer clube, ainda mais se tratando da seleção canarinho. Mas hoje em dia, vejo que essa pirâmide anda meio que invertida e o sentido da palavra "Seleção" já não é mais o mesmo. Incrível como os times de Bayern e Borussia são superiores, na minha visão, à seleção dos "melhores" que atuam no futebol brasileiro. Escancara um abismo que parece longe de ser encurtado.

No papel até pode ser que a situação seja mais equilibrada, se levarmos em conta que a seleção tem bons e promissores jogadores e até estrelas como Neymar e Ronaldinho no elenco. Mas quando vemos na prática, é algo completamente diferente. Hoje em dia dá uma tristeza saber que a seleção vai jogar, ainda mais depois que acompanhamos partidas memoráveis como as da UCL... quando vemos esquadrões que tem jogadores como Messi, Cristiano Ronaldo, Xavi, Iniesta, Schweinsteiger, Muller, Gotze, Lewandowski jogando e praticando um futebol vistoso, competitivo e empolgante. Mas aí dirão: "ah, é um exagero, contra o Chile jogaram os que atuam no Brasil, se tivesse com os europeus a coisa seria diferente..." Bom, até que poderia ser, o Brasil poderia ganhar o jogo, mas não sei se o futebol jogado seria diferente, até porque a seleção parece ter piorado com Felipão e não há perspectiva de melhora diante da carrancuda cabeça do treinador. 

Porque será que desde 2009 a seleção não bate um grande adversário? Não está havendo um retrocesso? Os nossos treinadores não tem um pensamento atrasado? Porque será que o Campeonato Brasileiro tem um nível técnico tão ruim? Além do mais, nossa maior esperança para a Copa joga justamente no Brasil: Neymar. É preocupante.

A declaração de Felipão de que "Volante que faz gol é bom pra jornalista" concordei em parte, porque não abrange apenas à nós, mas também à todos os amantes do esporte bretão. E não queremos que necessariamente marque gols, mas pelo menos que saiba dar um passe, pode ser bom também para o futebol brasileiro! Como é bom quando vejo uma escalação sem cabeças de bagre e/ou brucutus na cabeça-de-area, com volantes que sabem não apenas marcar, mas sair jogando, dar um passe longo buscando os meias e atacantes... Da até mais prazer em acompanhar futebol. Enquanto isso, Felipão escala o Ralf... é demais pra mim!

Enfim, penso que as coisas podem começar a mudar no futebol brasileiro quando algum treinador estrangeiro assumir a seleção. Não vejo treinador brasileiro algum capaz de assumir e mudar a mentalidade do futebol que é praticado por aqui. Perdemos uma grande chance ao não apostar em Guardiola, por exemplo.


segunda-feira, 15 de abril de 2013

A chance perdida do Corinthians


Aproveitando o reencontro entre Corinthians e San José na ultima rodada da Libertadores, venho expor o que, ao meu ver, poderia ter sido o fator de mudança de toda a estrutura do futebol brasileiro. Entendo que todo o debate em torno do caso corinthiano, no que diz respeito à trágica morte do garoto boliviano Kevin Espada, já foi debatido de forma ampla e extenuante. Mas o que proponho nesse post é um olhar diferente, um olhar econômico que – para o azar do Sport Club Corinthians Paulista, e para a sorte do futebol nacional – o conservadorismo da diretoria do clube não permitiu que o clube adotasse.  

Entretanto gostaria de destacar que de forma alguma estou minimizando os efeitos da morte deste jovem para todos os envolvidos principalmente para sua família e amigos. Ressalto também que nenhuma indenização que o clube possa fazer para esses entes acabará com o sentimento de perda destes.

Mas vamos ao ponto que quero chegar. Exatamente no dia seguinte ao ocorrido a diretoria do clube paulista deveria se posicionar a favor da retirada do clube do torneio intercontinental. Sim, o clube deveria se autoeliminar com qualquer discurso do presidente Mario Gobbi do tipo “A instituição Corinthians em respeito a todos os patrocinadores, veículos de transmissões e principalmente amantes do esporte, se posiciona totalmente contrario a atitude de uma pequena minoria de sua torcida nos atos que mudaram a trajetória de uma família ontem”.

De fato, a diretoria acabou falando algo do gênero no dia 21 de fevereiro. Mas falar não adianta, hoje – quase dois meses depois – quais foram as ações vistas? Faltou complementar essa resposta com atitudes maior do que mandar a seleção para um jogo na Bolívia. E o que seria uma ação maior do que o clube assumindo seu papel de culpa – sim a torcida é um patrimônio do clube e este deve se apropriar dos benefícios e malefícios disto – e mostrando, de forma pioneira, para o país e o mundo que mesmo sendo um dos clubes mais populares do mundo, não está acima do bem e do mal.

Mas o ponto desta autoeliminação não seria uma forma de indenizar a família. Durante todo o tempo em que trabalhei na empresa de consultoria júnior, algo sempre foi necessário: Pensar fora da caixa. Saber enxergar oportunidades em meio a crises. Isso no mundo dos negócios é vital para a melhora contínua, pela sobrevivência. E o futebol, é um grande negócio.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Real e Barça desde criancinha

Como postei ontem aqui no blog, torci fervorosamente para não dar Real x Barça em uma das semis da Uefa Champions League, para que existisse a possibilidade de rolar um provável Jogo do Século entre essas duas equipes, na final do torneio em Wembley. E não é que deu justamente o que eu queria?! Fantástico, comemorei muito...

Agora é torcer para que ambos cumpram o dever de casa e eliminem os alemães que terão pela frente. Eis uma breve análise dos dois confrontos:

BAYERN x BARÇA: Que jogaço! Vai sair faísca! O futebol envolvente e organizado dos bávaros contra o futebol de posse de bola e ofensivo dos catalães. Show! Promessa de um baita jogo. O Bayern, com todas as suas estrelas, será um adversário duríssimo de bater por parte do Barça, que precisará, mais do que nunca, do seu grande diferencial, Messi, com 100% de condições físicas para cumprir essa difícil missão. Caso Messi não esteja nas suas melhores condições até lá, a possibilidade de o Barça ser eliminado passa a ser maior, levando em conta que o time sem Messi foi mal diante do PSG, que é um time inferior ao dos alemães, que por sua vez, tem uma arma poderosíssima e que pode ser letal no confronto: sua forte bola aérea, algoz do Barça na temporada. Difícil também é apontar uma prévia ou palpitar sobre esse duelo. O Barça é melhor, mas o Bayern é outro timaço, que merece respeito. É algo bem plausível, nada surpreendente, ver o Bayern passar pelo Barcelona. Se formos colocar um percentual com a chance de cada um dos times de passar, diria 52% pro Barça e 48% pro Bayern de Munique. Assim como a maioria dos times que encaram o Barça, espero um Bayern bem concentrado em seu campo de defesa, diminuindo os espaços, saindo em velocidade nos contragolpes e explorando a bola aérea. E o Barça, com seu tradicional jogo de posse de bola, esperando contar com um Messi inspirado para furar a muralha alemã. Aliás, não só o Messi... Acho que é preciso que o time todo esteja inspirado para bater o fortíssimo time alemão. O que Messi deve ser é o DIFERENCIAL, precisa ser decisivo, algo fora do comum.

REAL x BORUSSIA: Os blancos foram os "privilegiados" desse sorteio. Dos 3 times possíveis, o Borussia Dortmund é, em tese, o pior time. Para que não fique parecendo que é uma porcaria de time, prefiro dizer que é "o mais comum". Mas levando para as quatro linhas, vemos completamente o oposto. Promessa de muito equilíbrio nesse confronto, levando em conta que o Real não conseguiu vencer o Dortmund na primeira fase e que os alemães foram melhores nos dois jogos. O time alemão leva muito perigo com seu quarteto ofensivo formado por Kuba, Gotze, Reus e Lewandowski, vai dar muito trabalho. Além disso tem uma boa defesa formada por Piszczek, Subotic, Hummels e Schmelzer. Superar a muralha amarela será tarefa complicada para CR7 e cia, fazer um bom resultado no primeiro jogo, no Signal Iduna Park, será fundamental para os merengues. Diria até que o objetivo nem deveria ser apenas marcar um gol e sim arrancar, no mínimo, um EMPATE com gols. Uma vitória por 2 a 1 do time alemão, por exemplo, faria com que o jogo de volta, no Bernabéu, além de ter o Borussia jogando por dois resultados, se transformasse numa verdadeira panela de pressão para o time espanhol, mesmo tendo jogadores experientes. Essa pressão viria tanto por parte da torcida e imprensa, sedentas por "La Décima", quanto pela necessidade de marcar um gol para garantir uma tranquilidade maior, o que resultaria num jogo com ares de drama desde o 1º minuto. Consequentemente, as chances de maiores erros de passes, dribles e/ou finalizações se tornaria maior, diante do nervosismo dos jogadores. Por mais técnicos que sejam, o psicológico influi muito nesses momentos. E levando em conta também a solidez defensiva do time alemão, vejo que qualquer derrota no primeiro jogo não será bom negócio para os Madridistas. Portanto, promessa de dois jogaços, mais eletrizante até que Bayern x Barça, na minha visão.

Torcerei para Real e Barça. Como ja disse, quero vê-los em ação numa final de Champions, seria épico...

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Rodada inesquecível

Que rodada sensacional foi a da Champions League, nesse meio de semana. Em pelo menos 3 deles tivemos emoções de sobra. Na terça, Borussia Dortmund e Málaga fizeram um jogo eletrizante, emocionante... Eu mesmo, quando saiu o 2º gol do Málaga, pensei alto: "Já era, Málaga classificado". Até parecia que aquilo não se tratava de futebol. Pura inocência. Os alemães simplesmente viraram o jogo no finalzinho! Épico! O mosaico feito pela torcida do Dortmund também contribuiu para que esse jogo fosse inesquecível. Demais!


Na Turquia, não esperava grandes emoções, ainda mais do 1º gol do Real. Nesse momento, estava no meu estágio e imaginava um jogo arrastado, o Galatasaray entregue e o Real levando o jogo em banho-maria. Até que no 2º tempo o time turco marca 3 gols e deixava aberta a possibilidade de uma classificação histórica. Por que não? Ainda faltavam 18 minutos quando Drogba fez aquele golaço de calcanhar. E eis que o tempo foi passando e aos 47, CR7 sacramentou a ida do Real às semis. Mesmo assim, foi bem emocionante.

Ontem, Barça e PSG fizeram um jogo mais tenso. Nenhum dos dois times queria se arriscar muito. O gol de Pastore no 2º tempo ascendeu a luz vermelha para os catalães, que viram a luz verde ascender com a entrada de Messi. Sempre ele... Depois desse jogo, ficou claro que o Barça com Messi é um e sem é outro. Por mais que o time ainda tenha outros dois caras diferenciados como Xavi e Iniesta, o time perde uma referência, um cara que apavore a defesa adversária e que imponha mais respeito e, sobretudo, um cara que fure os bloqueios da defesa adversária e crie as situações de gol com sua genialidade incrível. Mesmo machucado, a entrada do argentino mudou o jogo. Além do mais, Xavi e Iniesta não são definidores e não têm o poder de fogo do monstro Messi. Com isso, abre-se um belo debate: há uma Messidependência? Prometo escrever sobre isso futuramente.

O único jogo que foi "meia-boca" foi Juventus x Bayern. A passagem do time alemão para a semifinal não foi sequer ameaçada, os bávaros sobraram no confronto. Vitória por 2 a 0 no Juventus Stadium, com ares de tranquilidade até. A Juve me decepcionou demais.

Agora, que venha o sorteio amanhã. Eu, como fã de futebol, fiquei feliz pelos times que passaram, estava torcendo para que Real, Barça, Bayern e Borussia avançassem. Não só pelos times que possuem, mas também pela tradição. Sempre sou a favor de times com grande tradição ao invés de times com menor expressão bancados por magnatas como Málaga e PSG. Não que eu não goste desses dois, são clubes bem simpáticos até, é uma questão de gosto mesmo.

Enfim, seja quais forem os confrontos, promessa de mais emoções. Eu particularmente torço para que Real e Barça não se enfrentem, para que exista a possibilidade do Superclássico ocorrer na final. Seria o Jogo do Século na minha opinião, sonho com ele há tempos. Vamos ver. De qualquer forma, Real x Barça e Bayern x Borussia, dois grandes clássicos numa semi, também seria SENSACIONAL.

A Uefa Champions League me faz ter cada vez mais orgulho de amar futebol. Viva a UCL!

Bom para ambos

Zé Roberto fez partida discreta ontem


Grêmio e Fluminense fizeram uma boa partida ontem pela Libertadores, muito equilibrada, disputada, na qual qualquer resultado seria justo. Resultado bom para ambas as equipes, que agora dependem de suas forças na última rodada da chave para avançar às oitavas. O tricolor gaúcho viajará para enfrentar o Huachipato, no Chile, enquanto que o carioca receberá o Caracas. No caso, os dois times precisam apenas de um empate para avançar. Palpito que os dois brasileiros passarão, mas não com muita convicção. Não me surpreenderei se der zebra e apenas um brasileiro passar ou até mesmo os dois serem eliminados. Muito pelo momento instável das duas equipes na temporada. O que pode pesar a favor é que o time chileno atua melhor fora de casa, enquanto que o venezuelano é o oposto.

O jogo começou pegado, com muitas faltas. Nos primeiros 20 minutos, o Grêmio teve maior posse de bola, mas pouco ameaçou o gol de Diego Cavalieri. Muito pela boa marcação do time de Abel Braga, que por conta dos desfalques importantes (Wellington Nem, Deco, Thiago Neves e Fred não jogaram), adotou uma postura cautelosa no início do jogo. O time gaúcho também pecou pela lentidão na troca de passes, o que facilitou a marcação do Flu. Com isso, o Grêmio ameaçou apenas numa bola parada, com Werley, e em arremates de longa distância.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Épico!

Dos acontecimentos esportivos do último fim de semana, nenhum fato me impressionou e comoveu mais do que a volta de Éric Abidal ao futebol. Um momento mágico que tomou conta do Camp Nou, durante a partida entre Barcelona x Mallorca pelo Campeonato Espanhol. Éric entrou aos 24 minutos do segundo tempo e foi aplaudido de pé pelos torcedores do Barça. Emocionante! Pena que nesse vídeo, o locutor e a repórter não fizeram que nem o narrador do Sports +, canal em que assisti o jogo. Bem que poderiam deixar só o áudio do Estádio, seria bem bacana. 

E mais emocionante ainda é ver a emoção do atleta ao entrar em campo. Quem não se emocionaria com 100 mil pessoas te aplaudindo de pé? Sensacional. Confira (OBS: áudio a partir do minuto 0:27):



PS: outro link com o momento da entrada do francês: https://www.youtube.com/watch?v=SOHtDrXlc0g 



segunda-feira, 8 de abril de 2013

Ba x Vi – De volta às origens


Desde 2007 sem jogos, a Fonte Nova voltou a receber um jogo. E para a abertura do novo estádio para a Copa das Confederações e Copa do Mundo, não houve teste melhor do que o clássico BA x Vi.

O jogo entre o Esquadrão de Aço versus o Leão Rubro Negro terminou com goleada do segundo. Não foi um troco para a maior goleada que o Bahia já infligiu no Vitória -  10 x 1 em 1939 – e sequer foi a maior goleada do Vitória no rival – 7x1 em 1948 – mas foi um jogo que a equipe do Barradão impôs durante todo o segundo tempo o seu ritmo de jogo em um Bahia mal organizado em campo e construiu sua goleada nesse momento com gols de Maxi Biancucchi, Vander, Escudero, Michel e Renato Cajá.

O jogo no primeiro tempo foi preso e com algumas chances para os times, um destaque vai para a presença maciça de ex-jogadores de Flamengo e Botafogo entre outros, Obina e Marcelo Lomba pelo Bahia e Escudero e Renato Cajá no Vitória. Desses, os ex-rubro negro carioca saíram perdendo e devendo futebol, ambos erraram muito no decorrer do jogo e principalmente no primeiro tempo no momento em que o jogo estava empatado em 0x0. Enquanto que Renato Cajá entrou para a história ao fazer o primeiro gol dessa nova etapa do estádio baiano e Escudero fez um jogo muito bom.

O resultado de 5x1 da moral para o time de Caio Junior trabalhar, mas não tira do Bahia a liderança do grupo A. Com esse resultado, o Vitória se firma ainda mais na liderança do Grupo B. Nesse momento os times enfrentam times de fora de seus grupos.

Dois últimos destaques: haviam poucos torcedores sentados no estádio. Estádio com moldes europeus mas com espírito brasileiro, bem legal. E o campeonato baiano podendo vir a surpreender com um excelente estadual já que possui uma participação de apenas 8 times ,confrontando com estaduais extensos e maçantes como o Paulista.

Ramon Anselmo Santana
Cursa faculdade de ciências econômicas na UERJ – período 7.
7 de abril de 2013

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