A Copa das Confederações, que começa amanhã com Brasil e Japão
em Brasília, trará uma pequena amostra de como será a Copa do Mundo no ano que
vem. Competirão as seleções vencedoras de seus torneios continentais, além do
país-sede e do atual campeão do mundo, Espanha. Os jogos acontecerão em seis
cidades-sedes: Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife e
Fortaleza.
O evento servirá como um teste de fogo para o Brasil e sua
rede de serviços essenciais. Problemas como infraestrutura dos aeroportos,
hotelaria, segurança e de transporte vêm sendo muito apontados, bem como o
atraso e denúncias de irregularidades e superfaturamento das obras.
À parte os problemas estruturais e políticos, a seguir um
panorama das oito seleções que participarão do torneio.
GRUPO A
BRASIL (país-sede, 22º no ranking da Fifa): A seleção
canarinho, sob o comando de Felipão, vem em busca do tetra campeonato na
competição – foi campeã em 1997, 2005 e 2009. A equipe, que tem Neymar como
principal destaque, é ainda uma incógnita, já que Luis Felipe Scolari ainda não
encontrou a escalação e a tática ideais.
Um dos fatores que poderia fazer a diferença para a seleção,
que é a força da torcida brasileira, parece um pouco distante e precisará ser
reconquistada. O time vem sofrendo críticas, devido principalmente ao futebol
apresentado até agora.
Titulares: Júlio César;
Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Paulinho, Luiz Gustavo
(Hernanes), Oscar e Hulk; Neymar e Fred. Téc.:
Luis Felipe Scolari
JAPÃO (campeão da
Ásia, 32º no ranking da Fifa). Os nipônicos contam com um elenco que talvez
tenha sido o melhor já formado até agora. Com 14 jogadores que atuam na Europa,
o Japão não vem para ser apenas um “Sparring” e sonha alto. Uma passagem para
as semi-finais já poderia ser considerada uma grande façanha para a equipe do
técnico italiano Alberto Zaccheroni, tendo em vista que sua chave conta com
adversários mais fortes. Destaque absoluto para Shinji Kagawa, meia do
Manchester United.
Titulares: Kawashima;
Uchida, Komano, Yoshida e Nagatomo; Hosogai, Hasebe, Endo e Kagawa; Honda e
Okazaki. Téc.: Alberto Zaccheroni.
MÉXICO (campeão
da Concacaf, 17º no ranking da Fifa): A boa seleção do México promete dar
trabalho aos adversários no seu grupo. A equipe do técnico Manuel de la Torre
possui um forte jogo coletivo e tem em Chicharito Hernandez, atacante do
Manchester United, a maior esperança para fazer bonito na competição. A
“pequena ervilha” tem 21 gols em 29 jogos pela seleção e está em boa fase. Sinaliza
perigo e muito trabalho à vista para Brasil, Itália e Japão.
Titulares: Ochoa; Nilo, Reyes, Rodríguez e Salcido; Torrado,
Reyna, Aquino e Giovanni dos Santos; Barrera e Chicharito Hernandez. Téc.: Manuel de la Torre.
ITÁLIA
(vice-campeã da Europa, 8ª no ranking da Fifa): Devido à Espanha ter vencido a
Eurocopa e o último Mundial, abriu-se uma vaga para a vice-campeã europeia, a
azzurra. A equipe italiana tem como ponto forte o conjunto: a base é formada,
em sua maioria, por jogadores da Juventus, atual campeã italiana. O destaque,
não só por seu futebol, é Balotelli. Polêmico fora de campo, o atacante do
Milan é o principal alvo dos holofotes em torno da seleção.
O técnico Cesare Prandelli implementa há alguns anos uma
forma de jogar diferente da habitual para a seleção, visando mais ao ataque e
abdicando da tradicional retranca. Porém, assim como a seleção brasileira, a
Itália está cercada de desconfiança por parte de imprensa e torcida.
Titulares: Buffon;
Maggio, Bonucci, Chiellini e De Sciglio; De Rossi, Pirlo, Marchisio e
Montolivo; El Sharaawy e Balotelli. Téc.:
Cesare Prandelli.
GRUPO B
ESPANHA (atual
campeã da Europa e do Mundial, 1ª no ranking da Fifa): A ‘fúria’ vem embalada
pelos títulos recentes e pelos resultados nas eliminatórias. A equipe do
treinador Vicente del Bosque não perde a mais de 20 partidas e está em busca do
único título importante que ainda não possui, o campeonato das Confederações. A
base da equipe é composta, em sua maioria, por jogadores do Barcelona e do Real
Madrid, e tem os meias Xavi e Iniesta como as principais referências.
O estilo de jogo da seleção espanhola é bem parecido com o
do time catalão: envolvente e com valorização da posse de bola em busca das
brechas na defesa adversária.
Titulares:
Casillas (Valdés); Arbeloa, Piqué, Sergio Ramos e Jordi Alba; Busquets (Javi
Martínez), Xavi, Iniesta e David Silva; Pedro e Villa. Téc.: Vicente del Bosque.
URUGUAI (campeão
da Copa América, 19º no ranking da Fifa): A celeste atualmente não passa por um
bom momento. Nas eliminatórias sul-americanas, é apenas a quinta colocada,
estando na repescagem caso o classificatório terminasse hoje. Apesar da
situação atual, o Uruguai conta com a base do elenco que foi quarto lugar na
última copa e ainda conta com a tradição de sua camisa. Luís Suarez, Edinson
Cavani e Diego Forlán são as principais estrelas do time comandado por Oscar
Tabarez.
Titulares:
Muslera; Maxi Pereira, Lugano, Godín e Cáceres; Pérez, Arévalo Ríos e Gastón
Ramírez; Forlan, Cavani e Suárez. Téc.:
Oscar Tabarez.
NIGÉRIA (campeã
da Copa Africana de Nações, 31ª no ranking da Fifa): A Nigéria vem credenciada
pelo bom futebol praticado na Copa Africana e, assim como o Brasil, também
passa por um processo de reformulação. São muitos jogadores jovens que atuam no
futebol africano e em pequenos e médios clubes da Europa. Nomes mais conhecidos
como Martins, Odemwingie e Yakubu não fazem parte da lista do técnico Stephen
Keshi.
Por opção do treinador, Moses e Emenike, jogadores
fundamentais para a conquista do continente africano, não viajaram para o
Brasil e certamente farão falta ao time.
Titulares:
Eneyama; Ambrose, Omeruo, Benjamin e Echiejile; Mikel, Onazi e Mba; Akpala, Musa
e Ideye. Téc.: Stephen Keshi.
TAITI (campeão da
Oceania, 138º no ranking da Fifa): O Taiti vem como o azarão da atual edição da
Copa das Confederações. Sem uma liga profissional e com a maioria de seus
jogadores sendo amadores, o time da Oceania é candidato fortíssimo a saco de
pancadas da competição. Destaque para Marama Vahirua, jogador que já passou
pelo futebol europeu.
Titulares: Roche;
Faatiarau, Ludivion e Caroine; Vero, Jonathan Tehau, Bourebare, Vahirua,
Chong-Hue e Simon; Alvin Tehau. Téc.:
Eddy Etaeta.
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