Grande final entre melhor seleção e maior tradição do futebol mundial
Logo mais, às 19h horas, Brasil e Espanha duelam pela final da Copa
das Confederações, no Estádio do Maracanã. Uma partida cercada de
expectativas e que pode entrar para a História. A tradição do futebol
brasileiro, maior vencedor de Copas, contra a atual melhor seleção do
mundo, que simplesmente conta com a base do Barcelona no seu elenco.
Promessa de um grande jogo, digno do gramado em que os jogadores irão
pisar.
Nas semifinais, a seleção canarinho e a fúria passaram por
Uruguai e Itália, respectivamente. Tendo em conta equipe, entrosamento e
fase atual, os espanhóis levam, sem dúvida, o favoritismo para essa
final. A Espanha entrará em campo com grande parte dos jogadores que
faturaram o bicampeonato europeu e a Copa do Mundo de 2010. Com a
tradição de sua camisa e a força da torcida, o Brasil pode dificultar e
muito a vida da seleção espanhola. A equipe brasileira está mais
confiante após a sequência de vitórias, apesar de o desempenho ainda não
agradar nem convencer.
E é justamente de uma grande exibição em
campo que os escalados de Felipão precisam para bater a Espanha. O
Brasil precisa fazer mais que a Itália e, sobretudo, contar com a
estrela de Neymar, único craque da equipe e maior esperança brasileira.
Pelo futebol apresentado até aqui, não é difícil imaginar que a Espanha
deve sobrar em campo. Diante do previsível cuidado dos espanhóis com os
jogadores de frente, Paulinho pode ser o elemento surpresa para os
canários adentrarem a área adversária. O volante possui muita facilidade
em chegar ao ataque.
A fúria tem a seu favor a categoria de dois
dos melhores jogadores do mundo: Xavi e Iniesta. Os craques do Barcelona
comandam o meio de campo espanhol e precisarão de atenção redobrada da
marcação brasileira. Outro ponto a favor é o banco de luxo com que o
treinador Vicente del Bosque conta: David Silva e Jesús Navas, do
Manchester City, e Juan Mata, eleito jogador do ano do Chelsea.
Mas
a Espanha precisa também de algo a mais: faro de gol. Quantas vezes não
vemos o time espanhol chegar com facilidade à área do adversário e
pecar nas finalizações? Ou fazer um passe ao invés de finalizar? Diante
do Brasil, isso pode custar caro.
É provável que Felipão tente
fazer com que a equipe pressione a saída de bola do adversário e busque
abrir o placar para depois recuar em busca de contra-ataques, explorando
a velocidade de Hulk e Neymar, para tentar matar o jogo. E o grupo
espanhol não deve fugir de seu estilo "Tik-taka", rodando a bola, com
intensa movimentação de seus jogadores, sem posição fixa, como um
verdadeiro "carrossel".
A Espanha é mais time que o Brasil. Mas
somente isso não deve fazer a diferença para a "roja", ainda mais se
tratando de uma final. A camisa verde e amarela tem muito peso e precisa
ser respeitada. Assim como o Brasil precisa se superar, a fúria
necessita ultrapassar seu desempenho exercido contra a Itália. Ambas
as equipes devem cuidar para que os erros sejam mínimos.
E seja
qual for o resultado, duas coisas são certas: a Espanha não deixará de
ser a melhor seleção do mundo e o Brasil terá que fazer mais se quiser
fazer uma boa Copa do Mundo.
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