segunda-feira, 24 de junho de 2013

Copa das Confederações: Panorama da primeira fase

A primeira fase da Copa das Confederações se encerrou na tarde deste domingo (23) sem grandes surpresas. Em ambos os grupos, o resultado foi o esperado: Brasil e Itália avançaram no Grupo A enquanto que, no Grupo B, Espanha e Uruguai garantiram vaga nas semifinais também sem grandes dificuldades. A seleção canarinho e a fúria realizaram suas melhores campanhas, ambas com 3 vitórias em 3 jogos.

A fase inicial da competição apresentou bom nível técnico, com boas e emocionantes partidas. Destaque absoluto para Itália 4×3 Japão, o melhor jogo do torneio até agora, e também para Itália 2×4 Brasil. A Espanha foi eleita pela Fifa a melhor equipe em campo e Neymar o melhor jogador, com boas atuações e três gols em três jogos.

A participação da desconhecida seleção do Taiti também merece ser ressaltada. Não pelo fraco futebol demonstrado e pelo fato de ter sofrido 24 gols e feito apenas um em três partidas, mas pelos fatores extra-campo: a seleção da Oceania conquistou a torcida brasileira por seu carisma, humildade e espírito esportivo.

Em todos os jogos, os taitianos receberam o apoio dos brasileiros e as partidas se transformavam numa verdadeira festa. A cada troca de passes, o grito “olé” surgia das arquibancadas. Cada desarme, roubada de bola e mesmo uma simples defesa do goleiro causava a vibração da torcida. Os taitianos trouxeram muitas vezes mais alegria que os jogos da própria seleção brasileira. Histórica participação, em todos os sentidos, conferindo certo brilho à competição.

Grupo A

O grupo A era, em tese, o grupo mais equilibrado. O Japão, tido como a quarta força do grupo e que conseguiu formar uma boa seleção, prometia dar trabalho ao Brasil, Itália e México, favoritos à vaga. Porém, a equipe nipônica não confirmou no campo as expectativas e acabou decepcionando, com três derrotas em três jogos, apesar de ter feito uma grande partida diante da Itália. Apesar de ter bons expoentes como Honda e Kagawa, faltaram experiência e jogadores de boa estatura na equipe, que sofreu nas bolas paradas.

O México também decepcionou. Esperava-se muito mais da equipe de Chicharito Hernández, que também ficou devendo, apesar dos 3 gols marcados. Porém, deve-se ressaltar que a bola pouco chegava ao atacante do Manchester United, devido à falta de criatividade dos meias mexicanos. A equipe terminou na terceira colocação, com uma vitória e duas derrotas.

Brasil e Itália sobraram no grupo, principalmente a seleção de Luiz Felipe Scolari, que assegurou uma boa sequência de vitórias. A equipe teve sua melhor atuação contra a Itália, partida em que, apesar dos sustos, os brasileiros venceram e convenceram, e terminaram levando um pouco de confiança à torcida. Felipão, enfim, parece ter achado o time ideal, e Neymar conseguiu desequilibrar o openente sendo decisivo nas três partidas.

A azzurra, por sua vez, também praticou um bom futebol, muito por conta da já conhecida e inovadora estratégia da equipe, com um futebol mais ofensivo e vistoso. Méritos para o treinador Césare Prandelli. Porém, a atual geração da seleção italiana mostrou ser bem inferior às esquadras anteriores. Faltam talentos e a azul e branco ainda depende muito de Pirlo e Balotelli.

Grupo B


Já o Grupo B foi bem previsível. A partida entre Nigéria e Uruguai, na segunda rodada, foi decisiva para a definição de uma das vagas. A vitória uruguaia deixou a celeste com tudo para avançar, já que bastava golear o Taiti, tarefa não muito complicada. A Espanha, como era de se esperar, foi soberana, com 100% de aproveitamento e superioridade técnica indiscutível.

Com a ‘fúria’ passando com tranquilidade e o Taiti sendo o saco de pancadas do grupo, o Uruguai despontou como favorito para a segunda vaga, o que acabou se confirmando. A celeste, dessa vez, não tem só o peso de sua camisa a favor, também conta com uma boa equipe e um trio de atacantes de dar inveja: Forlán, Suárez e Cavani. Este ainda não marcou e não se saiu bem na primeira fase, mas merecerá a atenção da defesa brasileira nas semifinais.

A Nigéria ficou pelo caminho, mas desempenhou um papel honroso tendo realizado boas partidas contra Espanha e Uruguai, em especial contra o primeiro. No jogo de domingo, a equipe do treinador Stephen Keshi jogou, na maior parte, de igual para igual com os espanhóis, com uma postura elogiável, partindo para cima e criando grandes chances. Faltou maior precisão e calma nas conclusões. Os desfalques de Moses e Emenike, destaques da conquista da Copa Africana de Nações, pesaram.

A seleção espanhola confirmou o favoritismo e avançou com tranqüilidade. Impressiona a organização, estrutura tática e movimentação da equipe de Vicente del Bosque, sem contar os talentos individuais como Xavi e Iniesta. A escalação do atacante Soldado surpreendeu, mas não interferiu na estratégia da equipe. A escolha pelo atacante do Valencia se deve muito a estr em sua melhor fase, apesar de ser tecnicamente inferior a Villa e Fernando Torres.

Nesta quarta (26), inicia-se a fase final do torneio, com a primeira semifinal entre Brasil e Uruguai, no Mineirão, em Belo Horizonte, às 16h. Na quinta (27), é a vez de Espanha x Itália, na Arena Castelão, em Fortaleza, no mesmo horário. Promessa de dois jogaços e fortes emoções, com uma tendência de equilíbrio maior no primeiro jogo e favoritismo total da Espanha no segundo, ainda mais se a Itália não puder contar com Pirlo e Balotelli.

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